MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — O Departamento de Alimentação Escolar (DAE) da Secretaria Municipal de Educação (Semed) desempenha um papel decisivo ao contribuir para o melhor desempenho dos estudantes da rede pública de ensino de Marabá, oferecendo um cardápio variado e repleto de proteínas e vitaminas.
Atualmente, cerca de 70 mil alunos do ensino fundamental e médio são atendidos com refeições escolares de qualidade em todas as escolas municipais, tanto na área urbana quanto na rural. E todos esses alimentos têm sua origem bem definida.
O programa segue as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que exigem que 30% dos alimentos sejam adquiridos de produtores familiares locais. Neste ano, o DAE alcançou um número ainda mais expressivo, adquirindo mais de 70% dos produtos diretamente da agricultura familiar.
“Esse aumento se deve à diversificação do cardápio. Atualmente, temos 28 produtos que compõem a alimentação escolar, fornecidos tanto para as escolas urbanas quanto rurais. Este ano, incluímos mais itens para atender à zona rural e estabelecemos uma meta mínima de 30%. Em maio, já atingimos 75,45%, um feito inédito. Isso estimula o trabalho dos agricultores da região e proporciona produtos de qualidade às escolas”, comemora Gláucia Nogueira, coordenadora do DAE.
Esse aumento significativo na aquisição de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar faz parte de um programa da Secretaria de Agricultura (Seagri) voltado ao incentivo aos agricultores de pequeno e médio porte. O programa oferece distribuição de sementes, adubo, equipamentos agrícolas e orientação técnica, visando melhorar a produção e a qualidade dos alimentos.
“A importância está no apoio que damos ao sistema produtivo relacionado à agricultura familiar, por meio de mecanização, kits de irrigação e incentivo ao trabalhador para que eles possam produzir o suficiente para atender à merenda escolar e também ao comércio em geral. Assim, os agricultores podem obter renda e se sentem motivados a produzir com qualidade”, explica Adaílton Sá, Secretário Municipal de Agricultura.
Essa crescente aquisição de alimentos provenientes da agricultura familiar junto aos pequenos e médios produtores rurais teve início em 2017, quando o DAE adquiriu apenas 17,10% dos alimentos dessa origem. Nos últimos cinco anos, o número de agricultores fornecedores para a alimentação escolar aumentou significativamente.
“Antes, éramos atendidos por apenas três cooperativas, e a quantidade de alimentos fornecidos era limitada. Hoje, em 2023, temos 10 cooperativas e associações para suprir toda a demanda. Em decorrência disso, alcançamos uma margem de 75% de aquisição de produtos da agricultura familiar, e nossa expectativa é atingir 100% até o final do ano”, avalia Fabiola Badu, nutricionista do DAE.
Além disso, o cardápio é cuidadosamente elaborado pelas merendeiras, como Beatriz Pereira, que trabalha na escola há três anos. “Chegamos aqui às 7 horas e precisamos ter a merenda pronta até as 10 horas. Preparamos três dias de refeições e dois dias de lanches, além da equipe que trabalha no período da tarde. Nosso trabalho é importante, pois uma boa alimentação sempre resulta em um desempenho positivo”, comenta a merendeira.
Com um cardápio diversificado e priorizando a utilização de produtos provenientes da agricultura familiar local, o Departamento de Alimentação Escolar de Marabá não apenas contribui para o melhor rendimento dos estudantes, mas também fortalece a economia da região, valorizando os produtores locais e promovendo uma alimentação saudável e de qualidade nas escolas. Essa iniciativa demonstra o compromisso da comunidade educacional de Marabá em proporcionar uma educação completa e integral para seus alunos. (Portal Guarati, com Secom PMM)